Inteligência Epistêmica

Inteligência Epistêmica
Convivendo na MATRIX...

terça-feira, 31 de maio de 2011

Hans Jenny - experience cinetic

Nasceu em 16ago1904, Basel - 23jun1972, Dornach - médico e cientista natural considerado o pai da cimática, o estudo da onda fenômenos.

Jenny nasceu em Basel , na Suíça. Após completar seu doutorado, ele ensinou ciência na Rudolph Steiner School, em Zurique, durante quatro anos antes de iniciar sua prática médica. Em 1967, Jenny publicou o primeiro volume de Cymatics: Estudo de Fenômenos de onda. O segundo volume saiu em 1972, ano em que morreu. Este livro foi uma documentação escrita e fotográfica dos efeitos de som vibrações em líquidos, pó e pasta líquida. Ele concluiu: "Este não é um regulamento do caos, é uma dinâmica ordenada padrão".

Jenny fez uso de cristais osciladores e uma invenção de seus próprios pelo nome do tonoscope para definir chapas e membranas vibratórias. Com o tonoscope, quartzo areia é espalhada sobre uma membrana de tambor preto que é de 60 cm de diâmetro. A membrana é colocada em vibração por cantar em voz alta e não através de um tubo de papelão. A areia agora produz complexos simétricos formas, conhecido como padrão Chladni nomeado após Ernst Chladni, que descobriu este fenômeno, em 1787. Baixa tons resultar em simples e claro fotos antes, os tons de forma superior complexas estruturas.

o trabalho de Jenny influenciado Alvin Lucier e, juntamente com cimática trabalho de Ernst Chladni, ajudou a conduzir a sua composição Queen of the South. o trabalho de Jenny também foi acompanhada pelo Centro de Estudos Visuais Avançados (CAVS), fundador György Kepes no MIT.

O seu trabalho nesta área inclui uma acusticamente vibrou pedaço de chapa de metal em que pequenos buracos foram perfurados em uma grade. Pequenas chamas de gás queimado por esses buracos e termodinâmicas padrões foram tornados visíveis pela instalação. Além disso, a edição especial em DVD de O Trio Hafler obra "exatamente como eu disser inclui um DVD contendo material "base e alargado de técnicas sugeridas pelo professor Hans Jenny". Baseado em obra de Jenny, fotógrafo Alexander Lauterwasser capta imagens da superfície da água posta em movimento por fontes sonoras que vão desde pura ondas senoidais com música de Ludwig van Beethoven, Karlheinz Stockhausen, e até mesmo cantando sobretom.




"Quanto mais se estuda estas coisas, mais se percebe que o som é o princípio criador. Deve ser considerado como primordial. Nenhuma categoria única fenomenal pode ser invocada como princípio aborígenes. Não podemos dizer, no princípio era o número, ou em No princípio era a simetria, etc Estes são propriedades categóricas que estão implícitas no que produz e que é trazido. Ao usá-los na descrição que nos aproximamos do cerne da questão. Eles não são propriamente o poder criativo. Este poder é inerente tom, no som." Hans Jenny





Paternidade do conhecimento (vídeo: Gregg Braden - La Ciencia de los Milagros)

Ernest Rutherford, o 1º barão Rutherford de Nelson, OM, PC, PRS (Spring Grove, Nova Zelândia, 30ago1871 — Cambridge, 19out1937), físico e químico neozelandês que se tornou conhecido como o pai da física nuclear.

Num trabalho no início da carreira, descobriu o conceito de meia-vida radioativa, provou que a radioatividade causa a transmutação de um elemento químico em outro, e também distinguiu e nomeou as radiações alfa e beta.

Foi premiado com o Nobel de Química em 1908 "por suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas". Rutherford realizou sua obra mais famosa após ter recebido esse prêmio.

Em 1911, ele defendeu que os átomos têm sua carga positiva concentrada em um pequeno núcleo, e, desse modo, criou o modelo atômico de Rutherford, ou modelo planetário do átomo, através de sua descoberta e interpretação da dispersão de Rutherford em seu experimento da folha de ouro. A ele é amplamente creditada a primeira divisão do átomo, em 1917, liderando a primeira experiência de "dividir o núcleo" de uma forma controlada por dois alunos sob sua direção, John Cockcroft e Ernest Walton em 1932.

Lyall Watson (12abr1939 - 25jun2008) foi um Sul-Africano botânico, zoólogo, biólogo, antropólogo, etólogo e autor de muitos livros, entre os mais populares do que é o melhor vendedor Supernature. Lyall Watson tentou fazer o sentido de natural e sobrenatural fenômenos em termos biológicos. Ele é creditado com a publicação da primeira utilização do termo "centésimo macaco" em seu livro de 1979, Lifetide. É uma hipótese que despertou tanto interesse e ira da comunidade científica e continua a ser um tópico de discussão ao longo de um quarto de século mais tarde.

Ele nasceu em Joanesburgo, como Malcolm-Lyall Watson, tinha uma fascinação pela natureza no mato circundante, aprender com Zulu e Kung bosquímanos. Watson participou colégio em Rondebosch Boys High School, em Cape Town, completando seus estudos em 1955. Ele se matriculou na Universidade de Witwatersrand, em 1956, onde formou-se em botânica e zoologia, antes de garantir um aprendizado em palaentology sob Raymond Dart, que levará a estudos antropológicos na Alemanha e os Países Baixos. Mais tarde, ele se graduou em geologia, química, biologia marinha, ecologia e antropologia. Ele completou um doutorado em Etologia na Universidade de Londres, sob Desmond Morris. Ele também trabalhou na BBC, escrevendo e produzindo documentários sobre a natureza.
Por volta dessa época que ele encurtou seu nome para Lyall Watson. Ele serviu como diretor do Jardim Zoológico de Joanesburgo, um líder de expedição de várias localidades, e Seychelles comissário para a Comissão Baleeira Internacional. Na década de 1980 ele apresentou o Channel 4's de cobertura de sumô torneios, foi casado três vezes. Seus dois primeiros casamentos terminaram em divórcio, e sua terceira esposa morreu em 2003. Ele era o mais velho de três irmãos, um deles (André) viviam em Gympie, Queensland, Austrália. Foi durante uma visita a André que ele morreu em 25jun2008.

Bibliografia

Onívoro: O papel da alimentação na Evolução Humana (1972)
Supernature: Uma História Natural do Sobrenatural (1973)
A Biologia da Morte: A Matter of Life and Death (1974)
O erro Romeo (1974)
Presentes de coisas desconhecidas: Uma Aventura da Indonésia (1976)
Lifetide: a Biologia do Inconsciente (1979)
Baleias do Mundo: Um Guia de Campo para os Cetáceos (1981)
Lightning Bird : Uma Aventura Africano (1982)
Heaven's Breath: Uma História Natural do Vento (1984)
Bali Transe: Uma Celebração do Ritual (1985) - publicado somente em japonês
Dreams of Dragons: Essays on the Edge of Natural History (1986)
Além Supernature: Uma Nova História Natural do Sobrenatural (1986)
O Planeta Água: Uma Celebração da Maravilha da Água (1988)
Neofilia: A Tradição do Novo (1989)
Sumo: Um Guia para Sumo Wrestling (1989)
A Natureza das Coisas: O comportamento estranho de objetos inanimados (1990)
Duradoura Nostalgia: Ensaios Out of Africa (1992) - publicado somente em japonês
Ilhas da tartaruga: Ritual na Indonésia (1995)
Natureza das Trevas: A História Natural do Mal (1995)
Monção: Ensaios sobre o Oceano Índico (1996) - publicado somente em japonês
Lost Cradle: Uma coleção de Diálogos (1997) - publicado somente em japonês
Warriors, Warthogs, e Sabedoria: Crescendo na África (1997)
do órgão de Jacobson e a Natureza notável de Cheiro (2000)
Elephantoms: Acompanhamento do Elefante (2002)
O porco inteiro: Explorando o potencial extraordinário dos Porcos (2004)

DNA e Emoções
Experiências e respostas do DNA em relação às nossas emoções(por Gregg Braden)

A seguir, três assombrosos experimentos com o DNA (ADN) que provam as qualidades e sua autocura em consonância com os sentimentos da pessoa (... )

EXPERIMENTO 1
O primeiro experimento foi realizado pelo Dr. Vladimir Poponin, um biólogo quântico. Nessa experiência começou-se por esvaziar um recipiente (quer dizer que se criou um vazio em seu interior) e o único elemento deixado dentro foram fótons (partículas de luz). Foi medida a distribuição desses fótons e descobriu-se que estavam distribuídos aleatoriamente dentro desse recipiente. Esse era o resultado esperado. Então foi colocada dentro do recipiente uma amostra de DNA e a localização dos fótons foi medida novamente. Dessa vez os fótons haviam se ORGANIZADO EM LINHA com o DNA. Em outras palavras, o DNA físico produziu um efeito nos fótons não-físicos. Depois disso, a amostra de DNA foi removida do recipiente e a distribuição dos fótons foi medida novamente. Os fótons PERMANECERAM ORDENADOS e alinhados onde havia estado o DNA. A que estão conectadas as partículas de luz?

Gregg Braden diz que estamos impelidos a aceitar a possibilidade de que exista um NOVO campo de energia e que o DNA está se comunicando com os fótons por meio desse campo.


EXPERIMENTO 2
Esse experimento foi levado a cabo pelos militares. Foram recolhidas amostras de leucócitos (células sanguíneas brancas) de um número de doadores. Essas amostras foram colocadas em um local equipado com um aparelho de medição das mudanças elétricas. Nessa experiência, o doador era colocado em um local e submetido a "estímulos emocionais" provenientes de videoclipes que geravam emoções ao doador. O DNA era colocado em um lugar diferente do que se encontrava o doador, mas no mesmo edifício. Ambos, doador e seu DNA, eram monitorados e quando o doador mostrava seus altos e baixos emocionais (medidos em ondas elétricas) o DNA expressava RESPOSTAS IDÊNTICAS e AO MESMO TEMPO. Não houve lapso e retardo de tempo de transmissão.

Os altos e baixos do DNA COINCIDIRAM EXATAMENTE com os altos e baixos do doador.

Os militares queriam saber o quão distantes podiam ser separados o doador e seu DNA e continuarem observando este efeito. Pararam de experimentar quando a separação atingiu 80 quilômetros entre o DNA e seu doador e continuaram tendo o MESMO resultado. Sem lapso e sem retardo de transmissão. O DNA e o doador tiveram as mesmas respostas ao mesmo tempo. Que significa isso?
Gregg Braden diz que as células vivas se reconhecem por uma forma de energia não reconhecida anteriormente. Essa energia não é afetada pela distância e nem pelo tempo. Essa não é uma forma de energia localizada, é uma energia que existe em todas as partes e todo o tempo.


EXPERIMENTO 3
O terceiro experimento foi realizado pelo Instituto Heart Math e o documento que lhe dá suporte tem este título: Efeitos locais e não locais de freqüências coerentes do coração e alterações na conformação do DNA (Não se fixem no título, a informação é incrível!). Esse experimento relaciona-se diretamente com a situação com o antrax. Nesse experimento tomou-se o DNA de placenta humana (a forma mais prístina de DNA) e colocou-se em um recipiente onde se podia medir suas alterações. 28 amostras foram distribuídas, em tubos de ensaio, ao mesmo número de pesquisadores previamente treinados. Cada pesquisador havia sido treinado a gerar e SENTIR sentimentos, e cada um deles podia ter fortes emoções. O que se descobriu foi que o DNA MUDOU DE FORMA de acordo com os sentimentos dos pesquisadores.

1 - Quando os pesquisadores sentiram gratidão, amor e apreço, o DNA respondeu RELAXANDO-SE e seus filamentos esticando-se. O DNA tornou-se mais grosso.

2 - Quando os pesquisadores SENTIRAM raiva, medo ou stress, o DNA respondeu APERTANDO-SE. Tornou-se mais curto e APAGOU muitos códigos.

Você há se sentiu alguma vez "descarregado" por emoções negativas? Agora já sabe por que seu corpo também se descarrega!

Os códigos de DNA conectaram-se novamente quando os pesquisadores tiveram sentimentos de amor, alegria, gratidão e apreço.

Essa experiência foi aplicada posteriormente a pacientes com HIV positivo. Descobriram que os sentimentos de amor, gratidão e apreço criaram RESPOSTAS DE IMUNIDADE 300.000 vezes maiores que a que tiveram sem eles.

Assim, temos aqui uma resposta que nos pode auxiliar a permanecer com saúde, sem importar quão daninho seja o vírus ou a bactéria que esteja flutuando ao redor. Mantendo os sentimentos de alegria, amor, gratidão e apreço. Essas alterações emocionais foram mais além de seus efeitos eletromagnéticos. Os indivíduos treinados para sentir amor profundo foram capazes de mudar a forma de seu DNA. Gregg Braden diz que isso ilustra uma nova forma de energia que conecta toda a criação. Essa energia parece ser uma REDE ESTREITAMENTE TECIDA que conecta toda a matéria.

Podemos influenciar essencialmente essa rede de criação por meio de nossas VIBRAÇÕES.

RESUMO:
O que tem a ver os resultados dessas experiências com nossa situação presente? Essa é a ciência que nos permite escolher uma linha de tempo que nos permite estar a salvo, não importa o que aconteça. Como Gregg explica em seu livro O EFEITO DE ISAÍAS, basicamente o tempo não é apenas linear (passado, presente e futuro) mas também é profundidade. A profundidade do tempo consiste em todas as linhas de tempo e de oração que possam ser pronunciadas ou que existam. Essencialmente, suas orações já foram respondidas. Simplesmente ativamos a que estamos vivendo por meio de nossos SENTIMENTOS. É assim que criamos nossa realidade, ao a escolhermos com nossos sentimentos. Nossos sentimentos estão ativando a linha do tempo por meio da rede de criação, que conecta a energia e a matéria do universo. Lembre-se que pela Lei do Universo atraímos aquilo que colocamos em nosso foco. Se você focar em temer qualquer coisa, seja lá o que for, estará enviando uma forte mensagem ao Universo para que te envie aquilo a que você mais teme. Em troca, se você puder se manter com sentimentos de alegria, amor, apreço ou gratidão e focar-se em trazer mais disso para sua vida, automaticamente conseguirá afastar o negativo. Com isso, você estaria escolhendo uma LINHA DE TEMPO diferente com esses sentimentos. Pode-se prevenir o contágio do antrax, ou de qualquer outra gripe ou vírus, ao se permitir sentimentos positivos que mantêm um sistema imune extraordinariamente forte. Sendo assim, essa é uma proteção para o que vier. Busque algo pelo qual você possa estar alegre todos os dias, cada hora se possível, momento a momento, ainda que sejam alguns poucos minutos. Esta é a mais fácil e melhor das proteções que você poderá ter."






segunda-feira, 30 de maio de 2011

Todos somos um: a realidade é uma ilusão - Robert Happe



Esse vídeo trata sobre temas quanticos, metafísicos, esotéricos e teosóficos. Informa a continua e sistemática educacional em somente usar o lado direito do cérebro, traz referências de cientistas e pesquisadores, a exemplo; Ernst Rutherford, Gregg Bradden, Lyle Watson, Vladmir Poponin e Hanz Jenny (suporte e consistência epistolar), temperado com conceitos teosófico do seu principal exponente Madame blavatsky.



Somos todos um Robert Rappe

Robert Happé nasceu em Amsterdão, Holanda. Estudou religiões e filosofias na Europa e dedicou-se desde então a descobrir o significado da vida. Estudou também Vedanta, Budismo e Taoísmo no Oriente durante 14 anos, tendo vivido e trabalhado com nativos de diferentes culturas de cada região onde esteve - Índia, Tibete, Cambodja e Taiwan. Em seu retorno à Europa, sentiu necessidade de compartilhar o conhecimento adquirido e suas experiências de consciência. A partir daí, trabalhou em várias universidades, e tem trabalhado continuamente com grupos de pessoas interessadas em autoconhecimento e desenvolvimento de seus próprios potenciais como seres criadores. Desde 1987 vem compartilhando informações em forma de seminários e workshops em países da Europa, na África do Sul, nos EUA, na Austrália, e no Brasil. Seu trabalho é independente, estando desvinculado, sob todo e qualquer aspecto, de organizações religiosas, seitas, cultos e outros grupos. Atualmente reside no Brasil, em uma agradável cidade próxima a capital do estado de São Paulo


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Mitos de Sophia (vídeo: Terzo Millennio)

Sophia aquilo que detém o "sábio" (em grego: "sofós"). Na tradição gnóstica, Sophia é uma figura feminina, análoga à alma humana e simultaneamente um dos aspectos femininos de Deus. Os gnósticos afirmam que ela é a sizígia de Jesus e o Espírito Santo da Trindade. Ocasionalmente é referenciada pelo equivalente hebreu "A Libidinosa". Nos textos da Biblioteca de Nag Hammadi, Sophia é o mais baixo dos Aeons ou a expressão antrópica da emanação da luz de Deus. Ela é considerada como uma das responsáveis pela criação do mundo material (ou a responsável), dependendo da tradição gnóstica.

Quase todos os sistemas gnósticos do tipo siríaco ou egípcio ensinaram que o universo iniciou com um original, impenetrável (ou incognoscível) Deus, chamado de "Pai" ou Bythos, ou como Mônade por Monoimus. Ele também pode ser equiparado ao conceito de Logos em termos estóicos, esotéricos ou teosóficos (a 'Raiz Desconhecida'), assim como ao Ein Sof da Kabbalah e Brahma no Hinduísmo. Deste começo unitário, o Uno emanou Aeons adicionais, em pares de seres progressivamente 'menores' em sequência. Em conjunto com a fonte que os emanou, eles formam o Pleroma - totalidade - de Deus que, portanto, não deve ser entendido como algo distinto do divino, mas abstrações simbólicas da natureza divina. A transição do imaterial para o material, do numenal ao sensível, foi causado por uma falha - ou paixão ou pecado - em um dos Aeons. Na maior parte das versões dos mitos gnósticos, é Sophia que traz instabilidade ao Pleroma, o que por sua vez provoca a criação da matéria. Assim, uma visão positiva ou negativa do mundo depende, em grande medida, da interpretação das ações de Sophia na mitologia. De acordo com alguns textos, a crise ocorreu como resultado de Sophia ter tentado emanar sem sua sizígia ou, em outra tradição, por que ela tentou quebrar a barreira entre ela e o Impenetrável Bythos. Após cair cataclismicamente do Pleroma, o medo e a angústia de Sophia por ter perdido sua vida (assim como ter perdido a luz do Uno) deixou-a confusa e com uma saudade incontrolável. Por causa dela, matéria (hylē', em grego: ὕλη) e alma (psychē, em grego: ψυχή) acidentalmente foram criadas. A criação do Demiurgo (também chamado Yaldabaoth, "Filho do Caos") também foi um erro ocorrido durante este exílio. O Demiurgo prossegue a criação do mundo físico onde vivemos, ignorante da existência de Sophia, que ainda assim consegue infundir alguma fagulha espiritual (Pneuma,) na criação Dele. Em Pistis Sophia, Cristo é enviado pelo Uno para trazer Sophia de volta à totalidade (Pleroma). Ele a habilita a ver novamente a luz, dando-lhe o conhecimento do espírito (Pneuma). Cristo é então enviado à Terra na forma de um homem (Jesus) para dar aos homens a Gnose necessária para que se libertem do mundo físico e retornem para o mundo espirítual. Para os gnósticos, o drama da redenção de Sophia através do Cristo (ou o Logos) é o drama central do universo.

A filosofia religiosa judaica se ocupou muito com o conceito da divina Sophia, como uma revelação do pensamento interno de Deus e atribuiu a ela não somente a formação e ordenação do universo natural como também a comunicação de toda percepção e conhecimento à humanidade. Em Provérbios 8:1 e seguintes, Sabedoria (substantivo feminino) é descrita como conselheira de Deus que habitava dentro dele antes da Criação do mundo e que faz muitas coisas diante Dele. De acordo com a descrição dada no Livro dos Provérbios, uma morada foi atribuída a Sophia pelos gnósticos e a sua relação com o mundo superior e também com os sete poderes planetários abaixo dela. As sete esferas planetárias (ou céus) eram para os antigos as regiões mais altas do universo criado. Eles eram entendidos como sete círculos subindo um sobre o outro e dominado por sete arcontes. Juntos, estes círculos constituíam a Hebdomad. Acima do mais alto, e sobre ela, estava a Ogdóade, a esfera de imutabilidade, e que estava próximado mundo espiritual. Diz Provérbios:
«A sabedoria edificou a sua casa, Cortou as suas sete colunas;» (Provérbios 9:1)
Estes sete pilares foram interpretados como sendo os céus planetários e a morada de Sophia foi colocada acima da Hebdomad, na Ogdóade. O livro bíblico diz ainda sobre a mesma sabedoria divina:
«No cume das alturas junto ao caminho, Nas encruzilhadas ela se coloca;» (Provérbios 8:2)
Na interpretação gnóstica, isso significa que Sophia tinha sua morada "no cume das alturas", sobre o universo criado, no lugar do "meio", entre o mundo superior e o inferior, entre o Pleroma e a ektismena. Ela se senta "Junto às portas, à entrada da cidade", ou seja, nas vias de aproximação aos reinos dos sete Arcontes e é na "entrada" do reino superior de luz que recebe seus elogios. A Sophia (Sabedoria) é portanto o governante superior sobre o universo visível e, ao mesmo tempo, a intermediária entre os reinos. Ela dá forma ao universo mundano com base nos protótipos celestes e forma os sete ciclos estelares com seus Arcontes e sob o domínio deles é colocado - de acordo com as concepções astrológicas da antiguidade - o destino de todas as coisas terrenas, especialmente o homem. Ela é a "Mãe" ou a "Mãe da Vida". Tendo vindo das alturas, ela é formada pela essência pneumática, a mētēr phōtein or the anō dynamis da qual todas as almas pneumáticas se originam.

Tentando reconciliar a doutrina da natureza pneumática de Sophia com a morada atribuída a ela nos Provérbios, no reino do "meio", fora portanto do reino superior de luz, foi imaginada uma queda de Sophia de sua morada celeste, o Pleroma, até o vazio (kenōma) abaixo dele. A idéia era a de um confisco ou roubo da luz, ou uma explosão e difusão do "orvalho da luz" até o kenōma, causado por um movimento criador de vida (vivificador) no mundo superior. Porém, ainda que a luz trazida até a escuridão deste mundo tenha sido compreendida e descrita como envolvida em sofrimento, este deve ser considerado como uma punição. Esta inferência é apoiada ainda pela noção platônica de queda espiritual.

Mitos da Alma
Alienadas de sua morada celeste por sua própria falta, as almas afundaram neste mundo inferior sem ter perdido de todo a lembrança de seu estado original. E, preenchidas pela saudade de sua herança perdida, estas almas caídas ainda se esforçam para subir. Desta forma, o Mito da queda de Sophia pode ser entendido como tendo um significado particular. O destino da "Mãe" foi considerado como protótipo do que seria repetido na história de cada alma individual, que, sendo de origem pneumática celeste, caíram de sua morada - um mundo superior de luz - e acabaram sob a influência de poderes malignos, de quem elas precisam aturar uma longa série de sofrimentos até que um retorno ao mundo superior lhes seja novamente possível. Mais ainda que, de acordo com a filosofia platônica, almas caídas ainda retenham a lembrança de sua morada perdida, esta noção foi preservada de outra forma nos círculos gnósticos. Ensinava-se que as almas dos pneumatici (detentores da Pneuma), tendo perdido a lembrança de sua derivação celeste, precisavam novamente se familiarizar com a Gnose, ou conhecimento desta essência pneumática, para que pudessem retornar à luz. E é nesta obtenção da Gnose que consiste a redenção trazida e confirmada por Cristo. Ensinava-se também que Sophia também precisava da redenção trazida por Cristo, por quem ela seria libertada de sua agnoia e sua pathe, e será, no fim do mundo, novamente trazida de volta à sua morada há muito perdida, o Pleroma superior.

Gnosticismo Siríaco
O Mito de Sophia sofreu uma série de tratamentos nos vários sistemas gnósticos. O mais antigo, o Gnosticismo siríaco, se refere a Sophia como a formação do mundo inferior e a produção de seus regentes, os Arcontes, e também atribui a ela a preservação e propagação da semente espiritual.
Como descrito por Ireneu, a grande Mãe do universo aparece como a primeira mulher, o Espírito Santo (rūha d'qudshā) se movendo sobre as águas, também chamada de Mãe da Vida. Abaixo dela estão quatro elementos materiais: água, escuridão, abismo e caos. Com ela, se fundem as duas luzes supremas masculinas, o primeiro e o segundo homem, o Pai e o Filho, este último sendo chamado de "Ennoia" do Pai. Desta união nasce uma terceira luz imortal, o terceiro homem, Cristo. Mas incapaz de aguentar a abundante plenitude da luz, a Mãe - no nascimento do Cristo - deixa uma parte desta luz escapar para a esquerda. Então, enquanto Cristo, como dexios (O do lado direito) sobe com sua Mãe aos céus, a outra luz que transbordou do lado esquerdo afunda no mundo inferior e lá dá origem à matéria. E esta é a Sophia, chamada também de Aristera (A do lado esquerdo), Prouneikos (A libidinosa) e a masculina-feminina.

Não há neste mito uma compreensão de "queda" propriamente dita, como no sistema valentiniano. O poder que transbordou à esquerda desceu voluntariamente nas águas inferiores, confiando na posse da fagulha da luz verdadeira. Adicionalmente, é evidente que embora mitologicamente diferente da humectatio luminis (ikmas phōtos), a Sophia é ainda nada mais que uma fagulha vinda de cima, entrando neste mundo material e se tornando aqui a fonte de toda criação, tanto das formas superiores quanto inferiores de vida. Ela navega sobre as águas e coloca sua até então imóvel massa em movimento, dirigindo-as ao abismo e toma para si a forma corporal dehylē (matéria). Ela viaja por todos os lados e é carregada com todo tipo de peso e substância material até que, com exceção da fagulha da luz, ela afunda e se perde na matéria. Presa ao corpo que ela assumiu e pesada por causa dele, ela luta em vão para escapar das águas profundas e correr para sua mãe celeste, no alto. Não tendo sucesso nesta empreitada, ela procura preservar, pelo menos, a fagulha de luz de ser danificada pelos elementos inferiores, para isso elevando-se por seus próprios poderes até a região mais alta e se espalha por toda ela, formando com seu próprio corpo o firmamento visível, ainda que mantendo sua aquatilis corporis typus (Imagem das Águas). Finalmente, tomada por uma saudade enorme da luz superior, ela encontra em si, depois de muito esforço, o poder de elevar-se acima do céu de sua própria criação e de abandonar complemente sua existência corporal. O corpo abandonado é chamado de "Mulher da Mulher".

A narrativa prossegue contando sobre a formação dos sete Arcontes pela própria Sophia, sobre a criação do homem, que "a Mãe" (não a primeira mulher, mas Sophia) se utiliza como um estratagema para retirar dos Arcontes sua parte na fagulha de luz, sobre o perpétuo conflito da parte de sua mãe contra os esforços dos egoístas dos Arcontes e sobre a contínua luta de Sophia para recuperar a fagulha de luz escondida na natureza humana. Finalmente, Cristo vem em seu apoio e, em resposta às suas orações, coleta todas as fagulhas para Si, une-se com Sophia como noivo e noiva, desce em Jesus, que tinha sido preparado por Sophia como um "veículo mais puro" para recebê-lo, e retira-se novamente antes da crucificação, ascendendo com Sophia até um mundo imortal. Neste sistema, o significado cosmogônico de Sophia ainda permanece em destaque. A antítese de Cristo e Sophia, como "Ele do lado direito" (ho dexios) e "Ela do lado esquerdo" (hē aristera), como masculino e feminino, não é mais do que a repetição da primeira antítese cosmogônica em outro formato. A Sophia em si nada mais é do que uma cópiada "Mãe da Vida" e é, portanto, chamada "Mãe". Ela é a formadora do céu e da terra, pois a mera matéria só recebe forma através da luz que, vinda de cima, interpenetrou as águas escuras do hylē.

No sistema gnóstico descrito por Ireneu em Contra Heresias, o nome Prouneikos por várias vezes substitui o de Sophia na história. O nome Prouneikos também é dado a Sophia no relato do sistema irmão borborita, apresentado no capítulo anterior do mesmo livro de Ireneu.Celso, que aparenta ter tido contato com algumas obras ofitas, também mostra familiaridade com o nome Prouneikos (Contra Celso), um nome que Orígenes reconhece como sendo valentiano. Que este nome ofita tenha realmente sido adotado pelos valentianos é evidenciado por sua ocorrência num fragmento valentiano preservado por Epifânio. Ele também introduz Prouneikos como um termo técnico no sistema dos simonianos (seguidores de Simão Mago), a quem ele descreve como estando sob o comando dos nicolaítas e ofitas.

Nem Ireneu nem Orígenes indicaram saber algo sobre o significado desta palavra e não temos nenhuma informação melhor sobre o assunto, exceto uma conjectura de Epifânio. Ele afirma que a palavra significa "impudica" ou "lasciva", pois os gregos tinham um epíteto para um homem que tivesse devassado uma garota, Eprounikeuse tautēn. Porém, Epifânio estava profundamente convencido da podridão da moral gnóstica e frequentemente interpretava a linguagem deles da pior maneira possível. Se a frase reportada fosse realmente popular, é estranho não encontrarmos exemplos do seu uso em comédias de autores gregos. Não se nega que Epifânio tenha ouvido a frase como empregada, mas é possível que palavras inocentes venham a ser usadas em um sentido obsceno.
À favor da explicação de Epifânio está o fato de que nos mitos cosmogônicos gnósticos, imagens de paixão sexual são constantemente introduzidas. Parece no todo provável que Prouneikos deve ser entendido no mesmo sentido de propherēs, que tem como um de seus significados "precoce com relação aos atos sexuais”. É possível que o nome indique as tentativas de Sophia de atrair a fagulha da luz divina dos poderes cósmicos inferiores. No relato de Epifânio, a alusão à atração pelo ato sexual que está envolvido no nome se torna mais proeminente.

Mētra (Útero)
Relacionada a Sophia está a noção amplamente difundida entre as seitas gnósticas sobre o impuro mētra (útero) de onde todo o mundo supostamente nasceu. De acordo com os valentianos italianos, o Uno abre o mētra de Sophia caída do Pleroma (enthymēsis - pensamento) e provoca a formação do univero, personificando assim o próprio mētra. Epifânio reporta que a cosmologia a seguir é a de um ramo dos nicolaítas:
No início existiam a Escuridão (Trevas), o Caos e as Águas (skotos, kai bythos, kai hydōr), mas o Espírito que vive dentro deles e entre eles os separou. Da miscigenação da Escuridão com o Espírito nasceu o mētra que novamente foi aceso com renovado desejo pelo Espírito; ela deu à luz primeiro a quatro, e então a outros quatro aeons, produzindo assim uma direita e uma esquerda, luz e trevas. Por último nasceu um aischros aiōn, que teve relações sexuais com o mētra. A prole desta relação são os deuses, anjos, demônios e espíritos.”
— Epifânio, Panarion, sobre os Nicolaítas

Segundo Hipólito em Philosophumena, os setianos ensinaram que, de maneira similar, da primeira simultaneidade (syndromē) dos três primeiros princípios primais emergiram o céu e terra como uma megalē tis idea sphragidos. Eles têm a forma de um mētra com um Onfalos (umbigo) no meio. O mētra grávido contém em si todos os tipos de formas animais, um "reflexo" do céu e da terra, e todas as substâncias encontradas na região do "meio". Este mētra também é encontrado na grande Apophasis atribuída a Simão Mago onde ele afirma que o local onde o homem foi formado como sendo o Paraíso e o Éden. Estas teorias cosmogônicas foram precedidas por Tiamat da mitologia síria, a mãe-da-vida de quem Berossus deve tanto, ou no "mundo-ovo" do qual, quando partido, procederam o céu, a terra e todas as coisas. Um papel similar ao de mētra é desempenhado por Edem, consorte de Elohim no livro gnóstico Baruque, onde aparece como um monstro, com cabeça de mulher e corpo de serpente. Entre os vinte e quatro anjos que ela dá luz de Elohim e que forma o mundo pelos seus membros, a segunda forma angélica feminina é chamada Achamōs (Achamōth).

Similar a esta história contada no Philosophumena sobre a Gnose de Baruque é a que foi relatada por Epifânio sobre uma festa ofita em que eles inventaram que uma serpente do mundo superior havia tido relações sexuais com a Terra na forma de uma mulher. Tem se debatido se o nome Achamōth deriva originalmente do hebreu Chokhmah ou se significa 'Aquela que dá a luz" - "Mãe”. A forma siríaca Ḥachmūth foi utilizada por Bardesanes, já a forma grega é encontrada apenas entre os valentianos: o nome provavelmente deriva da mais antiga forma de gnosis siríaca. Muito similar às doutrinas gnósticas relatadas por Ireneu são as crenças dos assim chamados "Barbeliotas". O nome Barbelo, que de acordo com uma interpretação, é o nome da Tétrade superior, originalmente não tinha nada a ver com Sophia.

Segundo eles, Sophia, um Ser posterior, também chamado de Spiritus Sanctus and Prunikos é a prole do primeiro anjo que está ao lado do Monogenes. Sophia vendo que todos os outros tinham sua sizígia dentro do Pleroma, deseja ardentemente encontrar também um consorte para si. Não encontrando nenhum no mundo superior, ela olha para baixo, nas regiões inferiores, e estando ainda insatisfeita, para lá ela desce, contra a vontade do Pai, até as profundezas. Lá ela forma o Demiurgo (o Proarchōn), uma mistura de ignorância e auto-exaltação. Este Ser, por conta dos poderes pneumáticos roubados de sua mãe, segue então criando o mundo inferior. A mãe, por outro lado, foge para as regiões superiores e passa a morar lá, na Ogdóade.

Sophia também aparece na literatura ofita, cujo 'Diagrama' é descrito por Celso e Orígenes, assim como entre várias facções gnósticas ofitas mencionadas por Epifânio. Lá, ela é chamada de Sophia ou Prunikos, a mãe superior e o poder superior, e está entronada sobre a Hebdomad (os sete céus planetários) na Ogdóade. Ela também é ocasionalmente chamada Parthenos e, novamente, é identificada como Barbelo ou Barbero.

Mitos cosmogônicos também são parte da doutrina de Bardesanes. O locus foedus onde os deuses (ou Aeons) planejaram e construíram o Paraíso é o mesmo que o impuro mētra(útero), que Efrém se envergonhou até de dizer o nome. A criação do mundo aconteceu através do filho "daquele que vive" e de "Rūha d' Qudshā", o Espírito Santo, que é idêntico a Ḥachmūth, mas em combinação com "criaturas", ou seja, seres subordinados que cooperam com eles. Apesar de não estar expressamente indicado, é a inferência mais provável é que assim como a mãe e o pai, também sua prole (filhos "Daquele que Vive" e de Rūha d' Qudshā ou Ḥachmūth) também devem ser consideradas como Sizígias. Ḥachmūth dá a luz à duas filhas, a "Vergonha da terra seca" (mētra) e à "Imagem das águas" (Aquatilis Corporis typus), que é mencionada ligada à Sophia ofita. Ao dela, numa passagem evidentemente em referência a Bardesanes, ar, fogo, água e escuridão são mencionados como aeons. Estas são provavelmente as "criaturas" a quem, em conjunto com o Filho e Rūha d' Qudshā, acredita-se que Bardesanes creditou a criação do mundo. Embora muito ainda permaneça obscuro sobre as doutrinas de Bardesanes, não podemos simplesmente descartar os comentários de Ephraim, que continua sendo a mais antiga fonte siríaca para o nosso conhecimento sobre as doutrinas deste gnóstico siríaco. Bardesanes, segundo Ephraim, também falava sobre a esposa ou virgem que tendo caído do Paraíso Superior, oferece, durante seu abandono, preces pedindo ajuda do alto e, sendo ouvida, retorna aos prazeres do Paraíso Superior.

Os Atos de Tomé preservaram vários hinos cuja composição é do próprio Bardesanes ou obras de sua escola. Na versão siríaca do texto dos Atos, encontramos o Hino da Pérola, no qual Sophia foi enviada dos céus para capturar uma pérola guardada pela serpente. Uma vez no mundo inferior, ela se esqueceu de sua missão celeste até que relembrada por uma carta da "mãe, pai e irmão", executa então a tarefa, recebe de volta suas vestes gloriosas e retorna para sua antiga casa. Dos demais hinos, que estão preservados em grego e são mais fiéis que a versão siríaca, que sofreu uma revisão católica, o primeiro que merece atenção é Ode a Sophia, que descreve o casamento de uma "virgem" com o seu noivo celeste e a sua introdução no Reino Superior de Luz. Esta "virgem", chamada "filha da luz", não é - como supõe o revisor católico - a Igreja, mas Ḥachmūth (Sophia), acima da qual o "rei", ou seja, o Pai de toda a vida, está entronado; o noivo dela é, de acordo com a interpretação mais provável, o filho do Vivo (ou "Aquele que Vive"), Cristo. Com ela, os Vivos (as almas pneumáticas) entram no Pleroma e recebem a gloriosa luz do Pai Vivo e o adoram juntamente com o "espírito vivo", o "pai da verdade" e a "mãe da sabedoria". A Sophia também é invocada na Primeira Oração de Consagração. Ela é ali chamada de "mãe piedosa", "consorte do masculino", "reveladora dos mistérios perfeitos", "mãe das Sete Casas" (Hebdomad) que "encontra repouso na oitava casa" (Ogdóade). Na segunda Segunda Oração de Consagração ela é chamada de "perfeita Misericórdia" e "Consorte do Masculino", mas é também chamada de "Espírito Santo" (Rūha d' Qudshā) "Revelador de Mistérios de toda Magnitude", "Mãe escondida", "Aquela que sabe os Mistérios dos Eleitos" e "aquela que participou dos conflitos do nobre Agonistes" (Cristo). Há ainda mais adiante um resquício direto da doutrina de Bardesanes quando ela é invocada como a "Pomba Sagrada" que deu à luz aos dois gêmeos (as duas filhas de Rūha d' Qudshā).

O Mito da Alma e sua descida até o mundo inferior, com seus vários sofrimentos e mudanças de sorte até a libertação final aparece também no sistema simoniano sob a forma da "Mãe de Todos" é emitida como primeiro pensamento do Hestōs ou poder maior de Deus. Ela geralmente tem o nome de Ennoia, mas também é chamada de Sabedoria (Sophia), Regente, Espírito Santo, Prunikos e Barbelo. Tendo caído dos mais altos céus até as regiões mais profundas, ela cria anjos e arcanjos e estes, por sua vez, criam e governam o universo material. Aprisionada pelo poder deste mundo inferior, suas tentativas de voltar ao reino do Pai são frustradas. De acordo com uma das representações, ela sofre toda sorte de insultos dos anjos e arcanjos, presos à força seguidamente em renovados corpos terrestre e compelidos por séculos a vagar em cada vez numa nova forma corpórea. De acordo com outro relato, ela é em si incapaz de sofrimento, mas é enviada a este mundo inferior e submete-se à perpétuas transformações para excitar com sua beleza os anjos e poderes, para impeli-los a engajarem-se na luta perpétua e assim privá-los do seu estoque da fagulha (luz) celeste. Em algum momneto, Hestōs desce do mais alto céu num corpo fantasmagórico para libertar a Ennoia sofredora e para redimir as almas presas em cativeiro dando-lhes a Gnosis (Conhecimento).

A forma mais frequente de denominar a Ennoia entre os simonianos é "a perdida" ou "ovelha vagante". As divindades gregas Zeus e Atena já foram interpretados como significando Hestōs e sua Ennoia, e de forma similar, os deuses de Tiro, o deus-sol Herakles-Melkart e a deusa-lua Selene-Astarte. E também a homérica Helena, como sendo a causa da guerra entre os gregos e os troianos, já foi considerada como sendo a Ennoia. A história que os pais da Igreja nos deixaram sobre a relação sexual entre Simão Mago e sua consorte Helena teve provavelmente sua origem nesta interpretação alegórica. O mais importante desenvolvimento do Mito de Sophia é encontrado no sistema valentiano. A queda de Sophia do Pleroma é atribuída à maneira de Platão de "cair", e como causa final desta queda é apontado um estado de sofrimento que penetrou no próprio Pleroma. Sophia ou Mētēr é, na doutrina de Valentim, o último, ou seja, o décimo-terceiro Aeon no Pleroma, do qual tendo caído, num estado de saudade profunda do mundo melhor que ela perdeu, deu à luz aos Christus "com uma sombra" (meta skias tinos). Enquanto Christus retorna ao Pleroma, Sophia forma o Demiurgo e todo o mundo inferior, criado a partir do skia, um princípio dual de esquerda e direita. Para a redenção de Sophia, ou o próprio Christus ou o Soter descem para ajudá-la a retornar ao Pleroma e uni-la novamente com a seu syzygos. O motivo da queda de Sophia foi definido de acordo com o ensinado pela escola de Anatólia, de que pelo seu desejo de saber o que havia além dos limites do cognoscível, ela se colocou num estado de ignorância e sem forma. Seu sofrimento então se estendeu por todo o Pleroma. Por isso, ela acabou separada dele e deu à luz fora dele (através da sua ennoia, suas lembranças do mundo superior), ao Christus, que imediatamente ascende ao Pleroma. Em seguida, ela produz um ousia amorphos, a imagem de seu sofrimento, do qual o Demiurgo e o mundo inferior se originam. Por fim, olhando para cima em sua condição miserável e implorando pela luz, ela finalmente dá a luz a spermata tēs ekklēsias, as almas pneumáticas. Na sua obra de redenção, o Soter desce, acompanhado por anjos masculinos que deverão se tornar os futuros syzygoi das almas (femininas) dos Pneumatici. Então, ele introduz Sophia e estes Pneumatici na câmara nupcial celeste.

A escola italiana destacou uma Sophia dualista, a ano Sophia e a katō Sophia (ou Achamoth). De acordo com a doutrina de Ptolomeu e de seus discípulos, a primeira se separou de sua syzygos, o thelētos, por causa de seu corajoso desejo de uma Comunhão imediata com o Pai de tudo, caiu para uma condição de sofrimento e iria derreter-se totalmente neste desejo, não tivesse Horos a purificado de seu sofrimento e a restabelecido no Pleroma. A sua enthymēsis, por outro lado, o desejo que ganhou controle sobre ela e o sofrimento causado por ele se tornaram um amorphos kai aneideos ousia, que também é chamado de ektrōma, foi separado dela e colocado num lugar além dos limites do Pleroma.

Um desenvolvimento especial e ricamente escrito aparece na forma mítica de Sophia no livro gnóstico Pistis Sophia. Os dois primeiros livros desta obra, muito bem nomeada Pistis Sophia, tratam em grande parte da queda, arrependimento e redenção de Sophia. Ela tinha, por ordem dos poderes maiores, obtido uma visão breve de sua morada no mundo espiritual, o thēsauros lucis que fica além do décimo terceiro Aeon. Através de seus esforços em direcionar para lá a sua ascensão, ela acaba atraindo a inimizade de Authadēs, Arconte do décimo-terceiro Aeon, e dos Arcontes do décimo-segundo também, que estavam sob ele. Por eles, ela é atraída até as profundezas do caos e atormentada de uma enorme variedade de formas para que perca a sua natureza de luz. No limite de suas necessidades, ela endereça treze preces penitentes (metanoiai) para a Luz Superior. Passo-a-passo ela é erguida até Christus nas regiões mais altas, embora ela ainda esteja ofendida pelos ataques dos Arcontes, e seja, após lhe ser oferecido morada no décimo-terceiro (Metanoia), mais veementemente atacada do que nunca, até que enfim Christus a leva para um lugar intermediário abaixo do décimo-terceiro Aeon, onde ela permanece até o fim do mundo, oferecendo hinos de gratidão aos céus. O trabalho terreno de redenção tendo sido completado, a Sophia então retorna à sua morada celeste.
A característica peculiar desta representação está no desenvolvimento adicional das idéias filosóficas que geralmente já fazem parte do Mito de Sophia. Aqui ela não é meramente, como em Valentim, representativa da saudade que um espírito finito sente pelo conhecimento do infinito, mas também a um tipo de padrão de fé, arrependimento e esperança.
Mais um resquício da Sophia dos antigos sistemas gnósticos também pode ser encontrado em Pistis Sophia na figura da "Donzela-Luz" (ou "Donzela de Luz" - parthenos lucis), que é claramente distinta de Sophia e aparece como um arquétipo de Astraea, a constelação de Virgo. Na obra Sobre a origem do Mundo, Sophia é mostrada como sendo a destruidora final do universo material, Yaldabaoth e todos os seus céus:
Ela [Sophia] irá jogá-los no abismo. Eles [os Arcontes] serão obliterados por conta de sua iniquidade. Pois eles serão como vulcões e consumirão uns aos outros até que perecerão nas mãos do principal entre seus pais. Quando ele os tiver destruído, ele irá se voltar contra si mesmo e se destruirá até que deixe de existir. E seus céus irão cair cada um sobre o próximo e suas forças serão consumidas pelo fogo. Seus reinos eternos também serão derrubados. E seu céu irá cair e partir-se-á em dois. Seus [...] irão cair sobre o [...] os suporta; eles irão cair no abismo, e o abismo será derrubado. A luz irá [...] a escuridão e obliterá-la: será como algo que nunca foi
— Sobre a origem do Mundo

A "Donzela-Luz" (parthenos tou phōtos), de Pistis Sophia, também é encontrada entre os maniqueístas excitando os desejos impuros dos demônios e assim libertando a luz que até então tinha sido aprisionada pelos poderes das trevas. Por outro lado, o lugar da Sophia gnóstica entre os maniqueístas é tomado pela "Mãe da Vida" (mētēr tēs zōēs) e pela World-Soul (psychē hapantōn), que frequentemente se distingue da Mãe-Vida, e é considerada como difundida em todas as criaturas vivas, cuja libertação do reino das trevas constitui toda a história do mundo.
Simão Mago é um personagem bíblico com quem o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria (At. 8, 9-24). Além do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos, o personagem é referido em outras obras ligadas ao gnosticismo. O texto bíblico narra o episódio em que Simão tenta comprar dos apóstolos o poder de operar milagres. Tal ato, considerado pecaminoso pela teologia cristã, foi denominado de simonia (ato de Simão), termo que define especificamente o comércio ou tráfico de coisas sagradas e espirituais, tais como sacramentos, dignidades, indulgências e benefícios eclesiásticos, e que estaria no centro das críticas e discussão que conduziriam à Reforma protestante no século XVI. Esse texto é demasiado lacônico, haja visto que limita-se a enquadrá-lo num episódio onde apenas coadjuva um embate com o apóstolo Pedro. De resto, diz somente que era samaritano e praticante de magia:
"5 E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. / 6 E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; / 7 Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. / 8 E havia grande alegria naquela cidade. / 9 E estava ali um certo homem, chamado Simão, que anteriormente exercera naquela cidade a arte mágica e tinha iludido a gente de Samaria, dizendo que era uma grande personagem; / 10 Ao qual todos atendiam, desde o mais pequeno até ao maior, dizendo: Este é a grande virtude de Deus. / 11 E atendiam-no a ele, porque já desde muito tempo os havia iludido com artes mágicas. / 12 Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do Reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres. / 13 E creu até o próprio Simão; e, sendo batizado, ficou de contínuo com Filipe; e, vendo os sinais e as grandes maravilhas que se faziam, estava atônito. / 14 Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. / 15 Os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. / 16 (Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus.) / 17 Então, lhes impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo. / 18 E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, / 19 Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo. / 20 Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. / 21 Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. / 22 Arrepende-te pois dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que porventura te seja perdoado o pensamento do teu coração; / 23 Pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniquidade. / 24 Respondendo, porém, Simão disse: Orai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes venha sobre mim." (Atos dos Apóstolos, Cap. VIII)

No decorrer dos séculos surgiram inúmeras biografias apócrifas sobre este personagem, fundamentadas em especulações diversas, dentre as quais uma o imputa de ter sido fundador do Gnosticismo cristão. Tal atribuição é historicamente contestável, todavia pode ser aceita de um ponto de vista simbólico.

Para os Gnósticos, o mago da Samaria era um "rival" do Cristo, o qual fundou uma seita que se proclamava representante da Gnose. A companheira de Simão, Helena, era uma ex-prostituta que, segundo o mago, era a encarnação de Sophia e de Helena de Tróia. Simão acreditava na Reencarnação e que o elemento Fogo é a raiz de todas as coisas, nomeadamente a origem da Alma. Em suas viagens naJudéia, o mago explicava que o conhecimento é a única chave para a ascensão aos Céus. Afirmava que o Deus do Velho Testamento é um Demiurgo. Conta-se que para provar a validade de sua doutrina fazia demonstrações públicas de levitação. Há um texto apócrifo que diz que Pedro (São Pedro) travou um embate contra o mago da Samaria que questionava suas habilidades "voadoras". Assim, no alto de uma torre, o mago dá o seu derradeiro vôo. Mesmo assim, Simão é considerado o primeiro profeta Gnóstico. Ainda conforme especulações, Simão Mago seria talvez o gnóstico Simão, discípulo de Dositeu - um sábio cripto-judeu que havia se tornado herói messiânico dos samaritanos - e de quem, afirma-se, Simão teria roubado a esposa, dita Helena, uma ex-prostituta oriunda de Éfeso. Outras relatos hipotéticos também apontam Simão como tendo sido discípulo do profeta João Batista, ou que ele e o apóstolo Pedro teriam sido a mesma pessoa. O que se pode afirmar de concreto é que Simão tornou-se figura controversa da literatura antiga e medieval e da propaganda cristã. Uma síntese do que foi dito a seu respeito está contida no livro Apologia (c. 150) de Justino Mártir. Através dele ficamos sabendo que Simão dizia-se "manifestação do Deus Supremo" - o que é repetido por seu sucessor Menandro (o gnóstico) - e que sua esposa Helena seria a primeira concepção de sua mente, da qual anjos e poderes foram gerados. Descobrimos também que o sistema filosófico de Simão parecia baseado numa cosmogonia sírio-fenícia e compreendia uma elaborada angelologia e astrologia. São Justino menciona ainda a existência de um altar consagrado a Simão na Ilha do Tibre, que de fato foi reencontrado em 1574.

George Ivanovich Gurdzhiev (Gurdjieff)

(1866-1949), foi um místico e mestre espiritual. nasceu na Armênia e morreu em Paris. Ensinou a filosofia do autoconhecimento profundo, através da lembrança de si, transmitindo a seus alunos, primeiro em São Petersburgo, depois em Paris, o que aprendera em suas viagens pela Rússia, Afeganistão e outros países, era uma figura enigmática e uma força influente no panorama dos novos ensinamentos religiosos e psicológicos, mais como um patriarca do que como um místico Cristão, era considerado, por aqueles que o conheceram, como um incomparável “despertador” de homens. Trouxe para o Ocidente um modelo de conhecimento esotérico e deixou atrás de si uma metodologia específica para o desenvolvimento da consciência.

O ensinamento de Gurdjieff foi transmitido de forma clara para o Ocidente por seu discípulo, Peter Ouspensky, a quem o Mestre permitiu que fossem tomadas notas de suas conferências em Moscou, São Petersburgo e outras cidades da Rússia. O fruto deste trabalho resultou no livro Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido - Em Busca do Milagroso, que traça de forma didática as principais lições do mestre greco-armênio, então residente na Rússia. Mesmo separado posteriormente de seu instrutor, P.D. Ouspensky jamais deixou de orientar-se pelas lições tomadas pelo Mestre, particularmente em seu próprio círculo em Londres onde desenvolvia o "trabalho". Após sofrer um grave acidente automobilístico em meados dos anos 30, Gurdjieff dedicou-se a escrever seus livros, dando origem à trilogia composta por Relatos de Belzebub a seu Neto, Encontros com Homens Notáveis e O Mundo só é Real quando eu Sou.

O segundo livro foi adaptado como um filme nos anos 80 por Peter Brooks - assessorado pela Sra. De Salzmann, sendo chamado, em inglês Meetings with Remarkable Men (em português, "Encontro com um Homem Notável". A princípio, pode-se dizer que Gurdjieff pretende investigar o que chama de "máquina humana" sob o ponto o de vista da totalidade de seus centros - o motor, o instintivo, o emocional e o intelectual - harmonizando os diversos aspectos do ser. Neste ponto, é fundamental desenvolver o "conhecimento de si", por meio da "observação de si", o que ajuda o homem a conhecer a si mesmo. Para tanto, Gurdjieff não se limita à palavra escrita, mas operava em seu "trabalho" com danças sagradas (trazidas de suas viagens pelo Oriente, em particular de seu contato com os "dervixes" de Istambul e de outros países) e a música (mais tarde, transformadas em composições com a ajuda de seu discípulo De Hartmann). O próprio Gurdjieff se auto-denominava um "instrutor de dança".

O sistema de Gurdjieff parte do pressuposto de que os homens estão dormindo, são máquinas ambulantes que não sabem o que fazem. Isto porque o que geralmente achamos que é o "eu" é, na realidade, um conjunto de "eus" que povoam nossa mente, por isso temos que controlá-los através dos "eus-de-trabalho" e assim evitar cair na imaginação que, segundo Gurdjieff, nos afasta da presença. O homem "desperto", aquele que tem consciência de si, é raro. Muitos pensam que têm consciência, porém sequer imaginam do que isso se trata. Sempre que indagado sobre a reencarnação, Gurdjieff desviava a conversa para outro foco. Um aforisma que sempre repetia era de que a "alma é um luxo". Em outras palavras, temos que conquistar níveis superiores do ser através de uma profunda busca pelo autoconhecimento e de uma contínua busca pelo equilíbrio das energias positiva e negativa da própria natureza. O homem dotado de consciência ou vontade é muito raro. Gurdjieff costumava lançar mão nestas ocasiões de uma alegoria oriental: a alegoria da carruagem. Nesta representação simbólica a carruagem é o corpo físico, os cavalos são os sentimentos, o cocheiro é a mente, e dentro da carruagem está o verdadeiro habitante, que é o EU Interior. No indivíduo comum estas partes estão dissociadas e muitas vezes o cocheiro não consegue empregar muito bem os arreios, conduzindo os cavalos. Além disto, o passageiro dentro da carruagem não consegue dar ordens ao cocheiro da direção a ser tomada, e deste modo a carruagem segue parcialmente descontrolada para um rumo que ninguém previu, terminando sempre, é claro, na morte (do passageiro). Outra representação usual de Gurdjieff era o dos diversos corpos do homem, que se assemelha e segue a tradição do oriente. Atingir a perfeita harmonia em cada nível constituía um processo de conquista (o corpo físico, o corpo causal, o corpo astral e o corpo mental). Além desses corpos, havia outros ainda mais sutis e aquele que atingisse a consciência do último seria infinito nos limites do universo, e uno com todas as coisas.
Todas as possibilidades do homem, para G.(como lhe chamavam os discípulos), estavam inscritas em um símbolo trazido do Oriente: O eneagrama. O eneagrama também poderia ser expresso como oitavas da escala musical (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si) e se importância se traduz na ideia do choque, um princípio universal. Entre os tons da escala convencional há semi-tons, entre os intervalos mi-fá e si-dó que que devem ser preenchidos por "choques externos", caso contrário o ciclo não se complementaria. No caso da máquina humana (dividida em três compartimentos: cabeça, parte intemediária (tronco) e membros) estes choques externos eram dados pelos alimentos, ou seja: o ar (tórax), o alimento (abdómen) e as impressões (cabeça/mente). Destes choques o mais importante era as impressões, daí o axioma: "para se fazer ouro, é preciso ouro".
O pensamento de G. englobava, antes de mais nada, uma profunda Cosmogonia que partia do "raio de criação". Este descendia do absoluto, passando pelos diversos mundos até atingir o planeta Terra. À medida que avançasse, os mundos eram sujeitos a maior número de leis e maiores eram as restrições à liberdade humana. Na Lua, que vem após a Terra, o número de leis seriam ainda maiores que em nosso planeta (que conta com 48 delas). Sujeitos que somos a tão grande número de leis, somos escravos, autômatos em nosso próprio "lar" terrestre. No absoluto, por outro lado, não há leis.

vídeo de dança - inspirado e realizado pela Equipe de Dança Sagrada da igreja em Palm Bay, Florida, sincronizados com a música "In Christ Alone", de Michael. O vídeo, gravado, editado e produzido em Melbourne. Flórida, foi o primeiro de dois vídeos apresentados na primeira Conferência da Mulher WOW anual de TRM em novembro de 2005.

De ascendência grega e armênia, ele nasceu em Alexandropol, perto da fronteira da Rússia com a Turquia. Desde o começo distinguiu-se dos outros meninos na escola por seu questionamento insaciável. Procurou orientação de pessoas mais velhas entre as inúmeras escolas da região. Leu vorazmente e, em tenra idade, deixou seu lar em busca de homens mais sábios ou irmandades que pudessem possuir chaves para o conhecimento que tinha se tornado uma necessidade para sua vida. Que tenha recebido instruções de mestres espirituais do Oriente não pode haver dúvida.
Durante vinte anos, até 1909, Gurdjieff esteve buscando e viajando, preparando-se adequadamente, dirigido e influenciado pelo que ele chama o Círculo Interior da Humanidade, os portadores do conhecimento que buscava. Durante esse tempo tomou consciência da tarefa que foi chamado a assumir: chamar a humanidade para um conhecimento do significado da vida sobre a Terra.

‘Desde criança tenho a sensação de que algo falta em mim. Sentia que existe outra vida além da vida comum. Uma vida que me chama. Mas como me abrir a ela? Esta pergunta não me deixa em paz e assim tornei-me um cão faminto, perseguindo uma resposta.’

‘Na véspera dos domingos e feriados, como nós, crianças, tínhamos o direito de não nos levantar cedo no dia seguinte, meu pai costumava contar-nos uma história, quer sobre os grandes povos da antiguidade, quer sobre homens notáveis, quer sobre Deus, sobre a natureza ou sobre toda espécie de maravilhas misteriosas. E terminava sempre por algum conto das Mil e Uma Noites.’

Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, Gurdjieff estava de volta a São Petersburgo e Moscou, onde começou a reunir alunos à sua volta. Durante a Revolução, continuou seu trabalho; partiu para Essentuki, no Cáucaso, com um pequeno grupo de discípulos, que o seguiu depois até Tíflis e, em seguida, a Constantinopla, Berlim e Londres, o relato de alguns de seus alunos nesse período:
‘A Rússia de l9l7 estava dilacerada pela guerra e pela revolução. Gurdjieff era um desconhecido, um mistério. Ninguém conhecia suas origens, ou por que viera a Moscou. Mas quem entrasse em contato com ele, queria segui-lo. Foi o que meu marido fez, e eu também.’

‘Gurdjieff queria – e talvez essa fosse a sua mais alta vocação – despertar o homem comum para esse algo em si mesmo, de que ainda não tem consciência. Como o fazia, só podemos compreender através do seu trabalho.’

‘...só quando nos damos conta de que a vida não nos está levando a parte alguma é que ela começa a ter sentido.’

‘Já reconhecera então, como fato inegável, que, para além da fina película de falsa realidade, existia outra realidade de que, por alguma razão, algo nos separava.’

‘Ele nos pedia que nos lembrássemos sempre de que nosso objetivo era despertar e de que tínhamos ido até ele por essa única razão.’

Em 1922 Gurdjieff instala-se no Castelo de Prieuré-Avon, para estabelecer neste local, em larga escala, o seu Instituto Para o Desenvolvimento Harmonioso do Homem. No ano seguinte, em Paris, faz a primeira apresentação pública de seu ensinamento. Em seguida, faz outras em Nova York, Boston, Filadélfia e Chicago. Durante os dez anos seguintes escreve sua série de livros Do Todo e de Tudo, na qual nos transmite suas idéias e termina de compor, com a ajuda de Thomas de Hartmann, sua extensa obra musical, até hoje utilizada nos Grupos ao redor do mundo. Sobre a música dele, Hartmann escreve:

´A música de Gurdjieff é muito variada. A mais comovente é aquela que ele se lembra de ter ouvido, durante suas viagens na Ásia, em templos pouco conhecidos. Ouvindo essa música, somos tocados até o fundo do Ser.´

Depois, até o fim de sua vida, Gurdjieff voltou toda a sua atividade para um trabalho intensivo com seus alunos, notadamente os de Paris, durante a Segunda Guerra Mundial, e, em seguida, com todos os que tinham vindo do mundo inteiro encontrá-lo na França. Morreu em Paris no dia 29 de outubro de 1949.

Abaixo algumas frases relativas ao Ensinamento:

‘Junte a compreensão do Oriente e o saber do Ocidente – e, em seguida, busque.’

´É muito importante encontrar nossa verdadeira vocação na vida. Somente assim se pode realizar o próprio destino.´

´Gurdjieff não está mais entre nós, mas seu Trabalho conosco continua, enquanto não nos esquecermos de suas palavras: Lembrem-se do motivo por que vieram à Terra.’

‘Sei que não é fácil reconhecer que estamos ouvindo coisas novas. Estamos de tal maneira habituados às velhas cantigas, aos velhos refrões, que há muito deixamos de esperar, deixamos até de crer que possa existir alguma coisa nova.’

‘Não posso assegurar que, desde o início, encontrarão aqui idéias novas, isto é, idéias das quais nunca tenham ouvido falar. Mas, se tiverem paciência, não tardarão a notá-las, e desejo-lhes, então, que não as deixem escapar.’

‘Nossa idéia fundamental é a de que o homem, tal qual o conhecemos, não é um ser acabado.’

‘A evolução do homem significará o desenvolvimento de certas qualidades e características interiores que habitualmente permanecem embrionárias e que não podem se desenvolver por si mesmas.’

‘Devemos partir da idéia de que sem esforços a evolução é impossível e de que, sem ajuda, é igualmente impossível.’

‘No caminho da evolução o homem deve tornar-se um ser diferente... adquirir numerosas qualidades novas e poderes que antes não possuía.’

‘Um grupo é o começo de tudo. Um homem só não pode fazer nada, nada pode atingir. Um grupo realmente dirigido pode fazer muito. Tem pelo menos a oportunidade de chegar a resultados que um homem sozinho nunca seria capaz de obter.’’

Filmado em 1979 por Peter Brook. Um filme clássico espiritual de GI Gurdjieff lutas começando com sua infância até a descoberta do quarto caminho, uma antiga tradição espiritual que usou movimentos sagrados como a meditação. A história deste filme é baseado no livro Gudjieff com o mesmo título, que é o segundo livro de sua trilogia: "Todos e Tudo". Durante sua longa carreira, o diretor Peter Brook realizou uma ampla gama de experiências teatrais, levando o público e artistas bem além de sua experiência típica do teatro, em um esforço para alcançar não uma catarse temporária, mas transcendente, evento de transformação. Como o narrador do Mahabharata diz: "Se você ouvir atentamente, no final, você vai ser alguém." Este interesse pela transformação que tem caracterizado a última parte da carreira de Brook continua com esta adaptação da autobiografia do famoso místico Gurdjieff, que estrelas Dragan Maksimovic. Motivados por um sentimento de inabalável dedicação para desvendar o significado da existência humana, ele viaja por todas as áreas mais inacessíveis do Oriente, encontrando uma série de faquires hindus, monges budistas, dervixes rodopiantes, e gurus de todos os matizes. Em busca da iluminação, ele escala o Himalaia, atravessa o deserto em palafitas, e descobre indícios de uma antiga ordem, os guardas de uma sabedoria arcana. O mais fascinante, talvez, é a forma de dança que ele criou como uma forma de meditação e mais tarde ensinou no Ocidente. Um filme que pode ser melhor apreciado por quem já está familiarizado com o trabalho de Gurdjieff, Encontros com Homens Notáveis ​​características fotografia espetacular e um resultado altamente sugestivo, incorporando várias músicas indígenas.

Após a morte de Gurdjieff em 1949, o Trabalho se consolidou na Europa e nas Américas através de vários de seus alunos. Notadamente, destacou-se Madame de Salzmann, companheira mais próxima de Gurdjieff durante décadas, e que se tornou o principal elo de transmissão direta do Ensinamento.

Outro de seus alunos importantes foi Dr. Michel Conge, responsável pela condução de grupos em Paris, em Reins, em Clermond Ferrand e na famosa estância hidromineral de Vichy, na França.

Ele foi uma das pessoas das quais Gurdjieff cercou-se, no último período de sua vida, para passar seu ensinamento. Dizia Dr. Conge:

‘Os homens vivem confinados, incomodam-se uns aos outros, adormecidos e banhados por um ar viciado, rarefeito e pobre. Um ensinamento é como se bruscamente, do outro lado do teto, isto é, do lado livre onde sopra um ar puro e vivificante, alguém perfurasse uma entrada de ar para permitir-lhes enfim respirar.’

Algumas colocações de Madame de Salzmann:

‘Acima de tudo, você deve sentir a necessidade de conhecer a si mesmo. Você é algo extraordinário e não sabe. É preciso que reconheça que não sabe quem você é e que necessita sabê-lo. Essa abertura é o passo mais importante.’

‘Você precisa de um conhecimento que não é do tipo livresco. Depois a cabeça poderá ser informada por meio da leitura de livros, nos quais você reconhece as suas experiências. O que importa é a percepção direta.’

‘Você precisa ter uma conexão entre a cabeça e o corpo. Nenhum deles deveria ser mais forte do que o outro. Eles devem ter igual força. Então o sentimento surgirá.’

‘As idéias, a música e os Movimentos completam-se um ao outro no ensinamento de Gurdjieff. Um não está completo ou inteiro sem os outros dois.’

‘Morrer para o antigo eu é necessário para um novo nascimento.’

‘É importante trabalhar agora. Agora é a única possibilidade, não mais tarde. Para realizar essa possibilidade algo é exigido de você.’

‘Todo o trabalho é estar relacionado com a energia mais alta, e deixá-la passar através de mim, mesmo quando em movimento. Os Movimentos são uma ajuda para isso.’

‘Não é importante quanto uma pessoa vive, mas se ela desenvolve algo que pode dar significado para a vida. O que você quer na vida? Por que você está sobre a Terra?’

Os irmãos Paulo e Lauro Raful, então em sua juventude, entraram em contato com o Ensinamento, primeiramente na América Latina, e finalmente em Paris. Lá passaram a trabalhar com o médico Dr. Michel Conge, um aluno direto de Gurdjieff.

Os irmãos Raful ficaram sob orientação do Dr. Conge até seu falecimento em 1984, e foi com a autorização e o estímulo dele, que os dois fundaram, ainda na década de 60, o Grupo Gurdjieff em São Paulo.

A seguir algumas colocações de Paulo Raful sobre o trabalho interior:

‘O mestre espiritual pode ser considerado como alguém que já tem um certo percurso nesse caminho, e acumulou experiência suficiente para transmitir a outros o que ele vivenciou. [...] É simplesmente, de maneira bem concreta, alguém que tem uma experiência rica nesse tipo de busca, de inquietação.’

‘...toda a ciência dos Movimentos repousa em grande parte na ciência e na arte da descontração, do relaxamento.’

‘Caminho é uma emanação da Verdade, que pode expressar-se em latitudes e momentos históricos diferentes.’

‘O Caminho é um doce e suave perfume. O perfume de um outro mundo.’

‘O Caminho pode ser definido como a grande compreensão. [...] A idéia de compreensão implica encontrar a verdade das coisas.’

‘Há caminhos duros, caminhos mais ásperos, mas todos contêm, de alguma maneira, mesmo que os seus participantes não compreendam, uma dose importantíssima de amor.’

‘O Quarto Caminho, o ensinamento do Sr. Gurdjieff, tem como preocupação fundamental a compreensão de princípios. Visa, antes de tudo, compreender os princípios do universo, os princípios do ser humano, os princípios da vida.’

Link para arquivo digital:
http://www.4shared.com/document/zBlLu2eC/Gurdjieff.html

terça-feira, 24 de maio de 2011

Prêmio Ignobel 1991 (vídeo: Eram os deuses astronautas?)

Erich Anton Paul von Däniken (Zofingen, 14abr1935) é um escritor suíço conhecido por seus trabalhos sobre a suposta influência extraterrestre na cultura humana desde os tempos pré-históricos.

O suíço Erich Von Däniken é o autor do best-seller Eram os Deuses Astronautas?, livro que ficou famoso nos anos 1970 ao descrever como hipótese a suposta vinda de seres extraterrestres como sendo os deuses que visitavam o planeta Terra no passado. Däniken passou a ser considerado um dos escritores mais reconhecidos mundialmente, chegando a lançar 28 livros, todos traduzidos para 32 línguas e vendido mais de 62 milhões de exemplares.

Seu interesse em desvendar enigmas históricos começou quando passou a ler escritos indianos antigos que falavam de seres vindos do céu em suas máquinas de fogo, em meio a tanta fumaça e ruídos. A partir daí, Däniken começou a se questionar: se nossos antecedentes mencionavam esses seres estelares que nos visitavam como não sendo deuses, o que seriam então? Ao longo dos anos, Däniken lançou seu primeiro best-seller, “Eram os deuses astronautas?", 1966, mas só depois desse sucesso foi que Däniken passou a estudar de forma autodidata e a coletar informações sobre os mistérios que intrigam a humanidade.

Atualmente Däniken coordena grupos de viagens para lugares, como Stonehenge, na Inglaterra, a região de Nazca, no Peru, as pirâmides do Egito, entre outros. Muita da sua pesquisa influenciou a ficção científica contemporânea. Um dos exemplos é o filme Stargate e respectivas séries. O filme 10,000 BC/ "10000 Antes de Cristo", baseia-se nesta hipótese.

Bibliografia
De Volta às Estrelas
Deuses, Espaçonaves e Terra
Eram os Deuses Astronautas?
O Dia em que os Deuses Chegaram
O Ouro dos Deuses (Ilustrado)
Os Olhos da Esfinge
Profeta do Passado
Somos Todos Filhos dos Deuses
Viagem a Kiribati
Semeadura e Cosmo
A Odisséia dos Deuses
A História Está Errada (2010)











Erich recebeu o prêmio Ignobel 1991 (primeiro ano de premiação), quem estiver curioso em relação a lista de premiação em suas respectivas categorias, acesse o endereço abaixo;
http://www.4shared.com/file/TtIT8chM/IgNobel.html

Mudanças sociais só podem se tornar realidade se duas circunstâncias se encontrarem. Primeiro, o sistema de valores humanos, que consiste de nossas compreensões e crenças, deve ser atualizado e alterado através de educação e cuidadosa introspecção. Segundo, o ambiente ao redor desse sistema de valores deve mudar para apoiar a nova visão do mundo. A interação entre o sistema de valores de uma pessoa e seu ambiente é o que influencia no comportamento humano.

Por exemplo, na nossa cultura a “ética” é na verdade uma questão de grau, pois nosso sistema social promove e recompensa a competição e o interesse individual. Essa perspectiva não só “leva” ao comportamento aberrante... mas o cria diretamente. A corrupção é a norma na nossa sociedade e a maioria das pessoas não vê isso, porque enquanto a sociedade apoiar esse comportamento, ele será considerado certo e normal... ou uma questão de grau.

Partindo dessa compreensão, existe uma falácia que surgiu onde certos grupos são considerados “corruptos” e todos os outros são “bons”. Essa é a velha visão do mundo “nós e eles” que não tem base empírica alguma, uma vez que, novamente, é uma questão de grau.

Por exemplo, existe um grande movimento de pessoas constantemente falando sobre “A Nova Ordem Mundial” e essa noção de que há uma elite de pessoas que estiveram tentando dominar o mundo por um longo tempo e manipularam a sociedade de várias maneiras para promover seus objetivos.

Isso, claro, é verdade até certo ponto. Mas, o erro de percepção é que esse “grupo” não é um grupo. É uma tendência. Se você tirasse todas as pessoas do topo que estão engajadas no governo hegemônico global, seria apenas uma questão de tempo até que outro grupo tomasse o lugar e buscasse pela mesma ambição. Portanto, o problema não está num indivíduo ou nos grupos. Na verdade, essas são as condições com as quais essas pessoas foram acostumadas e doutrinadas. Claro que muitos criticam essa visão com a noção escapista de que é a “natureza humana” que causa essa competição e necessidade de dominação. Isso não é sustentado pelos fatos. Na realidade, somos praticamente folhas em branco quando nascemos e é o ambiente que nos cerca que forma quem somos e como nos comportamos.

Por isso, para que uma VERDADEIRA mudança ocorra, devemos passar menos tempo lutando contra os produtos dessa estrutura social doente e tentando mudar as raízes do problema. Por mais difícil e intimidador que isso possa parecer, esse é o único meio de mudar nosso mundo para melhor.

Podemos continuar a pisar nas formigas quem saem debaixo da geladeira, mas enquanto não removermos a comida estragada detrás dela, elas simplesmente continuarão a voltar.

A inteligência coletiva: por uma antropologia do ciberespaço (Pierre Lévy)

Lévy nos convida a pensar, além do impacto das técnicas sobre a sociedade, em termos de projeto. Os novos meios de comunicação permitem aos grupos humanos pôr em comum seu saber e seu imaginário. Forma social inédita, o coletivo inteligente.


O filósofo francês participou do Roda Viva em 2001 e comentou o dilúvio de informação em que as pessoas vivem hoje: "No fundo, na arca de Noé, havia um resumo do conjunto de animais que ia desaparecer. E uso essa imagem no livro [Cibercultura] para dizer que, hoje, é impossível fazer um resumo do todo. Não podemos mais abraçar o todo, porque ele tornou-se uma coisa infinita".
A IMPORTÂNCIA DA FALA PARA OS SERES HUMANOS
“Sabemos que os animais se comunicam entre si. A diferença é que a linguagem nos permite fazer três coisas que os animais não podem fazer: primeiro, fazer perguntas. Os animais não fazem perguntas... A segunda particularidade da linguagem humana é o fato de contarmos histórias. (...) e é porque contamos histórias que temos uma concepção do tempo. E, finalmente, já que eu falo de laços entre nós, temos o diálogo.”

SOBRE O MUNDO EM QUE OS HUMANOS VIVEM
“Evidentemente, vivemos no mundo físico, mas as pedras também vivem nele. O que existe de original no nosso modo de existir é que vivemos na significação e as pedras não. E como se organiza essa significação? É uma tensão viva entre três pólos. Em primeiro lugar, o pólo do signo. Se eu digo 'computador', é o som 'computador' que é o signo. Há o referente, aquilo do qual estou falando, a 'coisa'. E depois há o espírito, para quem o 'computador' significa a 'coisa'.”

COMENTANDO O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DOS HOMENS
“A espécie humana é aquela que mais transformou o ambiente real em comparação com as outras espécies de mamíferos que conhecemos. Possuímos tal poder de transformação porque temos idéias.”








A Evolução Humana (vídeo: A Evolução do Homem - BBC)

ou antropogênese, é a origem e a evolução do Homo sapiens como espécie distinta de outros hominídeos, dos grandes macacos e mamíferos placentários. O estudo da evolução humana engloba muitas disciplinas científicas, incluindo a antropologia física, primatologia, a arqueologia, linguística e genética.

O termo "humano" no contexto da evolução humana, refere-se ao gênero Homo, mas os estudos da evolução humana usualmente incluem outros hominídeos, como os australopitecos. O gênero Homo se afastou dos Australopitecos entre 2,3 e 2,4 milhões de anos na África. Os cientistas estimam que os seres humanos ramificaram-se de seu ancestral comum com os chimpanzés - o único outro hominins vivo - entre 5 e 7 milhões anos atrás. Diversas espécies de Homo evoluíram e agora estão extintas. Estas incluem o Homo erectus, que habitou a Ásia, e o Homo neanderthalensis, que habitou a Europa. O Homo sapiens arcaico evoluiu entre 400.000 e 250.000 anos atrás.

A opinião dominante entre os cientistas sobre a origem dos humanos anatomicamente modernos é a "Hipótese da origem única" que argumenta que o Homo sapiens surgiu na África e migrou para fora da continente em torno 50-100,000 anos atrás, substituindo as populações de H. erectus na Ásia e de H. neanderthalensis na Europa. Já os cientistas que apoiam a "Hipótese multirregional" argumentam que o Homo sapiens evoluiu em regiões geograficamente separadas.

Distribuição geográfica e temporal do gênero Homo. Outras interpretações diferem na taxonomia e distribuição geográfica.
A moderna área da paleoantropologia começou com o descobrimento do Neandertal e evidências de outros "homens das cavernas" no século 19. A idéia de que os humanos eram similares a certos macacos era óbvia para alguns há algum tempo. Mas, a idéia de evolução biológica das espécies em geral não foi legitimizada até à publicação de A Origem das Espécies por Charles Darwin em 1859. Apesar do primeiro livro de Darwin sobre evolução não abordar a questão da evolução humana, era claro para leitores contemporâneos o que estava em jogo. Debates entre Thomas Huxley e Richard Owen focaram na idéia de evolução humana, e quando Darwin publicou seu próprio livro sobre o assunto (A descendência do Homem e Seleção em relação ao Sexo), essa já era uma conhecida interpretação da sua teoria — e seu bastante controverso aspecto. Até muitos dos apoiadores originais de Darwin (como Alfred Russel Wallace e Charles Lyell) rejeitaram a idéia de que os seres humanos poderiam ter evoluído sua capacidade mental e senso moral pela seleção natural.
Desde o tempo de Lineu, alguns grandes macacos foram classificados como sendo os animais mais próximos dos seres humanos, baseado na similaridade morfológica. No século XIX, especulava-se que nossos parentes mais próximos eram os chimpanzés e gorilas. E, baseado na distribuição natural dessas espécies, supunha-se que os fósseis dos ancestrais dos humanos seriam encontrados na África e que os humanos compartilhavam um ancestral comum com os outros antropóides africanos.

Foi apenas na década de 1920 que fósseis além dos de Neandertais foram encontrados. Em 1925, Raymond Dart descreveu o Australopithecus africanus. O espécime foi Bebé de Taung, um infante de Australopithecus descoberto em Taung, África do Sul. Os restos constituíam-se de um crânio muito bem preservado e de um molde endocranial do cérebro do indivíduo. Apesar do cérebro ser pequeno (410 cm³), seu formato era redondo, diferentemente daqueles dos chimpanzés e gorilas, sendo mais semelhante ao cérebro do homem moderno.

Além disso, o espécime exibia dentes caninos pequenos e a posição do foramen magnum foi uma evidência da locomoção bípede. Todos esses traços convenceram Dart de que o "bebê de Taung" era um ancestral humano bípede, uma forma transitória entre "macacos" e humanos. Mais 20 anos passariam até que as reivindicações de Dart fossem levadas em consideração, seguindo a descoberta de mais fósseis que lembravam o achado de Dart. A visão prevalente naquele tempo era a de que um cérebro grande desenvolveu-se antes da locomoção bípede. Pensava-se que a inteligência presente nos humanos modernos fosse um pré-requisito para o bipedalismo.

Os Australopithecíneos são agora vistos como os ancestrais imediatos do gênero Homo, o grupo ao qual os homens modernos pertencem. Tanto os Australopithecines quanto o Homo pertencem à família Hominidae, mas dados recentes têm levado a questionar a posição do A. africanus como um ancestral direto dos humanos modernos; ele pode muito bem ter sido um primo mais distante. Os Australopithecines foram originalmente classificados em dois tipos: gráceis e robustos.

A variedade robusta de Australopithecus tem, desde então, sido reclassificada como Paranthropus. Na década de 1930, quando os espécimes robustos foram descritos pela primeira vez, o gênero Paranthropus foi utilizado. Durante a década de 1960, a variedade robusta foi transformada em Australopithecus. A tendência recente tem-se voltado à classificação original como um gênero separado.

"Árvore genealógica" humana

Thalison Marx O Paleolítico (pedra antiga), também conhecido como Idade da Pedra Lascada, refere-se ao período pré-histórico que vai de cerca de 2,5 milhões a.C., quando os ancestrais do homem começaram a produzir os primeiros artefatos em pedra lascada, até cerca de 10000 a.C.
Neste período os homens eram essencialmente nômades caçadores-coletores, tendo que se deslocar constantemente em busca de alimentos. Desenvolveram os primeiros instrumentos de caça feitos em madeira, osso ou pedra lascada, e dominaram o uso do fogo. Este longo período histórico subdivide-se em Paleolítico Inferior (até há aproximadamente 300 mil anos) e Paleolítico Superior (até 10 mil a.C.). Há certa discordância entre estudiosos quanto a essa divisão, sendo que alguns intercalam um Paleolítico Médio entre o inferior e o superior. O Paleolítico coincide com o final da época geológica Pleistocena do período geológico Neogeno.

O termo Paleolítico foi empregado pela primeira vez pelo historiador John Lubbock. Foi precedido pelo período pré-histórico que alguns historiadores chamam de Eolítico, e sucedido pelo Neolítico. Na Europa e em outros locais onde ocorreram glaciações, intercala-se o período chamado Mesolítico entre o Paleolítico e o Neolítico.